O drama do Twitter

O que está acontecendo com o Twitter, e aonde ele pode chegar?

Estamos acompanhando nos últimos meses uma mudança drástica no Twitter, uma das mídias sociais mais importantes do planeta.

Depois de um processo litigioso de compra, Elon Musk adquiriu por 44 bilhões de dólares uma empresa que tinha valor de mercado de 11 bilhões, segundo o consenso de mercado.

Depois disso, ele demitiu 75% das pessoas, e está implementando ações alinhadas com o seu posicionamento a favor de uma liberdade irrestrita de expressão, que muitos consideram que dá espaço para a proliferação de ideias extremistas, violentas e perigosas na plataforma.

As consequências para a marca Twitter?

Neste momento, os principais grupos de comunicação e marketing do mundo, como WPP, Omnicom, Havas, recomendaram a seus clientes que parem de anunciar no Twitter. Empresas como a Apple suspenderam a publicidade.

Isso faz com que os 5 bilhões de faturamento anual da empresa com publicidade estejam em risco.

Será que Elon Musk conseguirá reverter essa situação? Ou será que as mudançås extremamente drásticas estão além de qualquer redenção?

Se compararmos com a intervenção que Steve Jobs fez na Apple, quando retornou à emrpesa em 1996, vemos muitas diferenças. Jobs procurou voltar à essência da empresa, e agregar colaboradores, parceiros, consumidores e até mesmo os rivais, como a Microsoft, em torno da ideia de recuperar a Apple. O resultado foi o maior processo de reconstrução de marca da história do capitalismo, construindo a empresa mais valiosa do mundo hoje.

Elon Musk decidiu por uma abordagem drástica e destrutiva, impondo o seu jeito de trabalhar e cortando fundo na carne, o que pode causar uma ruptura sem retorno.

Pode ser que dê certo? Sim, ele já mostrou que sabe construir empresas de suesso. Mas pode ser também que seja necessário que o Twitter sofra uma nova intervenção, desta vez mais positiva e construtiva, para poder ter sucesso. A prórpia Apple, e até a Microsoft, poderiam se apresntar como possíveis donas do Twitter no futuro.

A empresa Twitter, neste momento, sofre, mas a sua marca é tão forte e seus serviços tão necessários para uma parcela importante da sociedade conectada, que ela poderá ter que ser resgatada a qualquer custo, mesmo que não seja pelo Elon Musk.

Por enquanto, as possibilidades estão em aberto. E a audiência do Twitter vem aumentando. Afinal, as pessoas gostam de uma boa controvérsia.

D.J. Castro

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